Moscavide: *219 458 670 / Portela: *219 446 417 | Email: geral@jf-moscavideportela.pt
*(Chamada para rede fixa nacional)

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A implementação dos novos “passes” de transportes públicos a preços reduzidos, traduziu-se numa “revolução” ao nível do transporte público na Área Metropolitana de Lisboa, com aumentos significativos de passageiros (+15%, média) em praticamente todas as linhas e meios. Hoje é, acima de tudo, mais barato utilizar o transporte público.

Porém, importa olhar para os progressos e o sucesso desta medida com a consciência crítica que nos permite e obriga a melhorar, designadamente na questão da diferenciação injusta na nossa freguesia com prejuízo para os residentes na Portela.

Os desafios em matéria de transporte público situam-se hoje num patamar diferente daqueles que estiveram na base da implementação de novos preços e tarifas. Hoje importa olhar para o transporte público como um vetor essencial da política de cidades, um elemento fundamental da coesão territorial, social e económica e um fator primordial na política ambiental.

É nesta visão de Cidade alargada que queremos situar a Freguesia de Moscavide e Portela e é nesse compromisso que a Junta de Freguesia está fortemente empenhada.

Se é hoje claro que o acréscimo da procura acabou por demonstrar a ineficácia e pouca eficiência dos sistemas de transportes metropolitanos, é também de antecipar que caso persistam erros do passado, as ruturas irão perdurar condenando a política de transportes ao insucesso. Os dados são claros e, não sendo alarmantes, levam-nos a olhar para o tema com espacial cautela, partindo de uma ideia central e inicial: O transporte público deve ser o meio principal de deslocação dos cidadãos na e para a Cidade.

É na definição de Cidade que podem ocorrer algumas divergências de entendimento. Para nós a Cidade já não é o território administrativamente dividido e não há um espaço de fronteira que nos “separe”. Se a Cidade das décadas de 60 e 70 era facilmente identificável no Jardim de Entrecampos, ou nos Bairros típicos de Marvila, hoje a expansão desse território da cidade faz com que a mesma se prolongue até Vila Franca de Xira, Sintra, Loures, Mafra ou Cascais. A Cidade de Lisboa vai até onde as pessoas vivem.

Nos concelhos limítrofes de Lisboa residem hoje 1 milhão e 300 mil pessoas, o que representa quase 3 vezes mais cidadãos de que os habitualmente residentes em Lisboa (500 mil). Esta realidade traduz a imperiosa necessidade de os transportes públicos alargarem a sua cobertura e assegurarem vias de movimento pendular que façam face às necessidades dos cidadãos nos seus movimentos diários. É neste contexto que os meios de transporte pesado (metropolitano e comboio) assumem um papel determinante e nos convocam para uma pergunta essencial: As redes existentes respondem às necessidades desta Cidade alargada?

A resposta é, naturalmente, não!

Decorre atualmente um concurso público internacional para a aquisição de transportes públicos no valor de mil e duzentos milhões de euros. É um passo importante que vai representar um aumento de 40% na oferta de transporte público, porém esse acréscimo situa-se apenas no transporte rodoviário. Se a medida se aplaude pela ambição, não se pode deixar de considerar limitada no seu alcance, pois assume que o transporte rodoviário se manterá como peça central na Área Metropolitana de Lisboa. A nossa visão vai para além desse aspeto. O projeto é relevante, fundamental, importante, mas ainda assim de alcance limitado porque mantém as pessoas dependentes de corredores rodoviários.

Em países com redes ferroviárias modernas e eficazes, é comum a escolha de residência em lugares afastados dos centros urbanos. É habitual que pessoas que trabalhem em Oslo (Noruega) – rede de Metro com 80Km e 101 estações para 620 mil habitantes – ou Estocolmo (Suécia) – rede de Metro com 110km e 100 estações para 1.780 mil habitantes – residirem a 90 ou 100km do seu local de trabalho. Porém nas suas deslocações diárias, os cidadãos levam menos tempo a chegar ao centro de trabalho, utilizando transportes públicos, de que pessoas que residam em Sintra ou Loures que se situam a 10 km de distância. Lisboa, para uma população de 1.800 mil habitantes, possui atualmente 44.2km de rede e 56 estações.

Ou seja, nesta visão de cidade alargada, a ideia já não passa pela distância medida em km, mas na distância medida em unidades de tempo gastas e esse deve ser o objetivo para o desenho das políticas de transportes: Mais transportes, mas também mais rápidos.

É neste contexto que não alargar a rede de Metropolitano à Portela e Sacavém e a Loures é um erro estratégico. Pensar que o aumento da rede de transportes rodoviários permitirá fazer face a uma procura que se deseja crescente, atira-nos para o falhanço das políticas de cidade e assume-se como um erro fundamental para o desenvolvimento económico e social dos territórios urbanos da periferia isto porque, ao invés de os ligar e agregar valor, os mantém distantes entre si e perante o centro de decisão, gerando impactos negativos em todos os elementos sociais e económicos relevantes para a qualidade de vida dos cidadãos.

Sendo a rede de transportes disponíveis um fator de valorização do território, Moscavide e a Portela não podem deixar de estar na 1ª linha de defesa da extensão da rede de Metropolitano de Lisboa e, numa visão mais ampla, de quererem estar no centro da Cidade e no centro de decisão.

Porém os desafios que se colocam aos decisores políticos no âmbito dos transportes metropolitanos não se extinguem no tipo e quantidade de oferta. O desafio da modernidade e inovação em que a Freguesia de Moscavide e Portela quer estar presente e ter um papel ativo centra-se também na qualidade de oferta. A qualidade de oferta nos transportes públicos é um fator decisivo para a promoção da rede e na motivação da sua utilização no espaço metropolitano. Mais eficazes e mais cómodos, os transportes públicos do futuro deverão ser fiáveis, confortáveis e consistentes com uma visão de qualidade que se pretende para o modelo de oferta.

É neste caminho que estamos. Um caminho de exigência que nos leva a pensar o Transporte Público como um elemento fundamental da política de Cidades e um eixo central na definição de uma lógica de território que aproxime pessoas, lugares e histórias.

Deixo propositadamente o impacto ambiental da política de transportes – pela sua dimensão – para outro momento deste novo espaço “Olhos nos Olhos”. Um espaço que pretende uma “conversa” próxima entre si, que nos lê, e o seu Presidente de Junta para que saiba exatamente o que penso sobre os mais variados temas locais, regionais, nacionais ou até mesmo internacionais.

O Presidente, Ricardo Lima
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DE OLHOS NOS OLHOS | PRESIDENTE

De Olhos nos Olhos é um conjunto de reflexões do Presidente da Junta de Freguesia de Moscavide e Portela que, a partir de uma visão da freguesia, traça uma proposta de orientação estratégica para o futuro. Surge a partir da ideia de que os autarcas devem, hoje, ser uma voz ativa e um olhar atento para problemas que, situando-se para além das suas fronteiras administrativas, acabam por se traduzir em impactos para a freguesia e para os cidadãos que habitam ou trabalham na freguesia.

De Olhos nos Olhos é assim uma forma de comunicação direta que traduz uma preocupação em trazer para o debate e para a comunidade um conjunto de assuntos que nos tocam e devem ser alvo de reflexão alargada tendo sempre como objetivo envolver e estimular as pessoas à participação ativa e cívica.

Vamos Juntos. Primeiro as Pessoas!

Nome: Fernanda Judite Barreto Cruzeiro

Funções: Trabalhadora da Junta de Freguesia de Moscavide e Portela

Idade: 60

Filhos: 1

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🎙 Há quanto tempo trabalha na Junta de Freguesia e quais as Funções?

Trabalho na Junta de Freguesia desde 1996. Tenho funções administrativas, tendo desempenhado as mesmas em vários locais, tais como no Centro de Dia, no Edifício Central da Junta e neste momento no Centro Cultural.

🎙 Descreva-nos as suas tarefas quotidianas na Junta de Freguesia?

As minhas tarefas na Junta de Freguesia, neste momento, prendem-se essencialmente com a Assembleia de Freguesia, mas também dou um pequeno apoio a questões relacionadas com o Centro Cultural e também à Assistente Social.

🎙 Fale-nos um pouco do seu dia-a-dia?

No meu dia a dia não há muito a dizer, moro em Moscavide, nasci aqui, esta é a minha terra, entro ao serviço às 9h no Centro Cultural, saio às 13h para o almoço e regresso às 14h, saio do serviço às 17h, durante estas 7 horas de trabalho realizo as tarefas que estão programadas para o dia e outras que vão aparecendo e no final regresso a casa.

🎙 O que o/a motiva mais neste trabalho?

O que me motiva mais neste trabalho, que como já disse prende-se essencialmente com a Assembleia de Freguesia, é o facto de estar por dentro dos assuntos que se discutem e debatem na Freguesia isto porque sou eu que dou apoio às Assembleias de Freguesia e sou eu também que elaboro as atas dessas Assembleias.

🎙 Sente-se realizado/a profissionalmente?

Aos poucos vou-me sentindo mais realizada, até porque por vários motivos sinto-me bem no local onde estou a trabalhar, é tranquilo e o próprio trabalho não exige grande stress.

🎙 Qual a experiência que mais gostou até hoje no seu trabalho?

Ao longo destes anos a experiência o que mais gostei foi de facto ter trabalhado no Centro de Dia, trabalhei lá perto de 12 anos, gostei muito, claro que hoje seria diferente, até porque muita coisa mudou, entretanto.

🎙 Se pudesse mudar algo na freguesia, o que mudaria?

Mudaria o facto de ter havido a União das Freguesia de Moscavide e Portela, aliás se eu pudesse mandar esta união nunca teria existido.

🎙 Como é ser funcionário de uma Junta de Freguesia?

Eu não posso falar de outras Juntas de Freguesia porque a minha experiência passa apenas pela Junta de Moscavide e agora Moscavide e Portela, durante os últimos 4 anos (o anterior mandato autárquico de 2013 a 2017) foi um inferno, mas neste momento gosto bastante, temos um Presidente jovem cujo lema se distingue pelo slogan “ primeiro as pessoas” quer sejam fregueses ou trabalhadores e falando apenas por mim posso dizer que me sinto completamente à vontade e claro cumpro os meus deveres logo tenho os meus direitos e nada mais há dizer

🎙 Que mensagem gostaria de deixar a todos os Fregueses de Moscavide e da Portela?

Que apesar de serem realidades completamente diferentes, neste momento somos apenas uma Freguesia, vamos todos fazer um esforço para que seja uma Freguesia melhor onde não pode haver distinções entre fregueses de Moscavide e Portela e que todos os fregueses compreendam isso, pois só assim seremos capazes de evoluir, porque acredito e sei que por parte da Junta esse esforço existe.

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Vamos Juntos. Primeiro as Pessoas!

Nome: Elisabete Costa Ribeiro Lopes

Funções: Trabalhadora da Junta de Freguesia de Moscavide e Portela

Idade: 35

Filhos: 2 filhos, a Maria Madalena 13 anos e o João Maria 2 anos

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🎙 Há quanto tempo trabalha na Junta de Freguesia e quais as Funções?

Entrei nesta Junta de Freguesia no dia 30 de agosto de 2004 na Creche Jardim de infância, onde desempenhei as funções de Administrativa e de Auxiliar de Ação Educativa, desde 28 de agosto de 2017, desempenho funções na área dos Recursos Humanos.

🎙 Descreva-nos as suas tarefas quotidianas na Junta de Freguesia?

Neste momento as minhas tarefas são: Assegurar os procedimentos relacionados com os Recursos Humanos da Freguesia, processamento de vencimentos, descontos, mapa de férias, entre outras tarefas relacionadas.

🎙 Fale-nos um pouco do seu dia-a-dia?

Neste momento moro no Concelho de Mafra, e todos os dias tenho de sair de casa por volta das 7:10, deixo os meus filhos na escola, atualmente os dois frequentam escolas da Freguesia de Moscavide e Portela, entro no serviço às 9:00 e saio as 17:00, de seguida vou buscar os meus filhos aos avós e vamos para casa, para a rotina de casa: banhos, fazer jantar, lavar loiça, preparar tudo para o dia seguinte!

🎙 O que o/a motiva mais neste trabalho?

O desafio e a responsabilidade!

🎙 Sente-se realizado/a profissionalmente?

Ainda não, existem sonhos ainda por concretizar!

🎙 Qual a experiência que mais gostou até hoje no seu trabalho?

Enquanto estive na creche, trabalhar com crianças foi uma experiência que me marcou muito, atualmente o contacto com os trabalhadores, o encontrar soluções, o puder ajudar, é muito gratificante.

🎙 Se pudesse mudar algo na freguesia, o que mudaria?

Tirava os parquímetros.

🎙 Como é ser funcionário de uma Junta de Freguesia?

É prestar um serviço público, é dar apoio, é dar a cara – é Orgulho!

🎙 Que mensagem gostaria de deixar a todos os Fregueses de Moscavide e da Portela?

O que hoje parece não ter fim amanhã acaba e dá lugar a algo muito melhor. Acreditar sempre!

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Vamos Juntos. Primeiro as Pessoas!