Moscavide: 219 458 670 * Portela: 219 446 417 | Email: geral@jf-moscavideportela.pt
(Chamada para rede fixa nacional)

Categoria: Comunicação

Portugal, é segundo os dados do relatório anual do Global Peace Index de junho último, o 3º país mais seguro do Mundo, sendo inclusivamente o mais seguro da União Europeia. Estes resultados, obtidos segundo critérios definidos pela entidade responsável pelo relatório e que servem como indicador do nível de segurança dos países, é reconhecido globalmente como um dos mais relevantes estudos em matéria de segurança.

Portugal atingiu o 3º em 2019, mantendo-se na mesma posição no relatório de 2020 quando em 2014 eramos o 18º país mais seguro do Mundo. Hoje, apenas a Nova Zelândia e a Islândia estão acima de nós.

É caso para dizer que estamos no bom caminho.

Porém, é hoje cada vez mais importante que para além dos dados reais da segurança, designadamente o registo de crimes ou atividades criminais, se valorize a perceção do risco como um eixo fundamental na qualidade de vida dos cidadãos.

A perceção do risco pode condicionar a vida das pessoas, pode acentuar vulnerabilidades e desequilíbrios sociais. Uma errada perceção do risco pode ser um fator desestabilizador de um território e deve merecer por parte das autoridades – autarquias incluídas – uma atenção muito especial porque uma comunidade com medo, tende a viver pior.

Um recente acontecimento em Moscavide é um exemplo de como convivemos com a segurança e como temos a obrigação de criar condições para uma discussão informada. O risco de valorizar um acontecimento grave mas isolado é tão grave quanto a desvalorização inconsciente do pequeno ilícito. Ambos contribuem para uma má informação das pessoas e dessa forma uma má formação de opinião e falhas de adequação nos seus comportamentos.

A Junta de Freguesia de Moscavide e Portela trabalha diariamente no sentido de que a segurança de pessoas e bens seja um valor fundamental do território e da comunidade. Partir do geral para o concreto é garantir que os cidadãos possam sentir segurança, tenham uma correta perceção do risco e acima de tudo confiem nas instituições que lhes garantam elevados níveis de tranquilidade sem reduzir os seus direitos e liberdades.

Neste sentido é relevante reconhecer que o nível de segurança é volátil em função da opinião que as pessoas formam através do conhecimento e da informação. Hoje, com as redes sociais a informação – campo muitas vezes usado para a desinformação – deve merecer uma atenção especial por parte dos poderes públicos contribuindo para um quadro de credibilidade. A Junta de Freguesia esforça-se por diariamente dar aos seus cidadãos e a todos quantos têm um acesso aos canais institucionais da Junta de Freguesia, toda a informação que permita às pessoas uma opinião consciente.

A existência de grupos organizados que, através das redes sociais, divulgam informações claramente erradas, com o propósito de gerar uma ideia de insegurança que contribua para uma errada perceção do risco e cujas motivações são, na esmagadora maioria das vezes, manipular a opinião pública em determinado sentido, são também um fator de insegurança que não deve ser esquecido.

Dar mais informação e melhor informação às pessoas é uma forma de garantir segurança.

Em paralelo importa criar as condições para que os cidadãos se sintam de facto seguros. Nesta matéria temos vindo a apostar na necessidade do policiamento de proximidade como fator de prevenção da criminalidade. A exigência de mais e melhores meios para a PSP é uma luta constante da Junta de Freguesia de Moscavide e Portela que vê na polícia um ativo fundamental para a segurança.

A colaboração permanente com as autoridades policiais seja através de canais diretos de diálogo, seja através da disponibilização de veículos para as atividades de policiamento, estão – reconhecemos – para lá das nossas funções e competências, mas inserem-se no esforço que realizamos em função de um bem maior: a Segurança.

Exigir mais.

A exigência também se aplica a nós, Junta. Temos criado serviços de proximidade que permitem que as pessoas mais vulneráveis possam ter acesso a bens e serviços de forma cómoda, simples e tranquila, contribuindo assim para uma maior estabilidade dos cidadãos. Mas também temos reforçado os meios de controlo da iluminação pública, exigindo às entidades competentes – Câmara Municipal de Loures e EDP – um serviço cada vez mais adequado às exigências de uma vivência urbana em que a iluminação pública desempenha um papel essencial.

Cultivar a exigência, para com outros, mas também para connosco mesmos, é um caminho e um compromisso que assumimos para com um dos bens públicos de maior significado e uma das circunstâncias que mais valor gera para um território: a Segurança.

Sem embarcar em discursos de pânico ou medo, temos estado atentos, diligentes, ativos e continuaremos a fazer tudo o que estiver ao nosso alcance para que os níveis de segurança nesta freguesia sejam os melhores, à semelhança dos registados por Portugal no relatório de que vos falei no início desta nossa conversa de “Olhos nos Olhos”.

Quero continuar a contribuir para que a nossa comunidade se sinta segura e livre, capaz de avaliar cada situação em função da informação credível que possui e acima de tudo confiar nas suas instituições para assegurar as condições e qualidade de vida que merece, a Segurança a que todos temos direito e a Liberdade que todos amamos.

Ricardo Lima

Vamos Juntos. Primeiro as Pessoas!

Nome: Tiago Miguel Brito de Matos

Funções: Trabalhador da Junta de Freguesia de Moscavide e Portela

Idade: 31

Filhos: 1 (nascido este mês)

“…”

🎙 Há quanto tempo trabalha na Junta de Freguesia e quais as Funções?

Iniciei funções na Junta de Freguesia em 2017 por um programa do centro de emprego e no verão de 2018 entrei para o quadro da função publica.

🎙 Descreva-nos as suas tarefas quotidianas na Junta de Freguesia?

A minha tarefa na Junta de Freguesia tem a ver com toda aquisição de material e gestão da frota.

🎙 Fale-nos um pouco do seu dia-a-dia?

O meu dia de trabalho começa por volta das 9h, hora em que entro no trabalho, até as 17h, hora em que normalmente saio. Por volta das 18h “deixo de ser” funcionário púbico e “torno-me” num estudante universitário, faltando 3 cadeiras para acabar o Curso de Educação Física e Desporto.

🎙 O que o/a motiva mais neste trabalho?

O que mais me motiva é que cada dia é um dia diferente e aprender mais na área em que trabalho.

🎙 Sente-se realizado/a profissionalmente?

Neste momento sim, mas todos nós sonhamos sempre mais e mais alto.

🎙 Qual a experiência que mais gostou até hoje no seu trabalho?

Não existe só uma experiência boa, mas houve uma que me tocou mais, as pessoas saberem que pertenço a Junta de Freguesia e vir agradecer pelo trabalho feito.

🎙 Se pudesse mudar algo na freguesia, o que mudaria?

Faria um alerta à nossa população para que antes de criticarem sem saber, que tentassem procurar informação.

🎙 Como é ser funcionário de uma Junta de Freguesia?

É desafiante.

🎙 Que mensagem gostaria de deixar a todos os Fregueses de Moscavide e da Portela?

Que trabalhamos todos os dias para que haja uma evolução na Freguesia e que haja mais respeito pelo trabalho dos nossos colegas.

“…”

Vamos Juntos. Primeiro as Pessoas!

Hoje, de olhos nos olhos consigo, permito-me a uma reflexão sobre o modelo de organização do Estado com especial atenção para o papel das autarquias locais e qual os desafios que se nos colocam num quadro de grande exigência futura.

A pandemia – que continuamos a enfrentar – veio demonstrar com grande evidência que o Estado tem e deve continuar a ter um papel determinante na defesa dos cidadãos e na geração de condições para que em situações adversas e de grande dimensão, os cidadãos contam com as instituições públicas para uma resposta direta e concreta aos seus problemas.

Vimos isso de forma direta no Serviço Nacional de Saúde, que respondeu com efetividade às necessidades de saúde pública, mas também nas políticas económicas, financeiras, do trabalho, da segurança social e em diversos outros níveis que, por óbvia necessidade encontraram respostas para os problemas dos cidadãos, das empresas e das organizações.

Não obstante estas respostas, centradas na formulação de políticas que promovem a dignidade das pessoas e a manutenção dos rendimentos, as respostas a problemas diários, muitas das vezes práticos, foram desenvolvidas e aplicadas pelas autarquias locais.

Estamos certamente recordados da instalação de hospitais de campanha, de redes de testagem ou, com uma dimensão mais relevante no nosso concelho, de estratégias de controlo do risco de contágio. Essas foram as notícias que todos vimos e escutámos nos meios de comunicação nacional e mediaticamente mais acompanhadas.

Porém a Junta de Freguesia de Moscavide e Portela lançou um programa de apoio às pessoas que, desde a primeira hora, situou a sua linha de atuação nas carências dos cidadãos e na forma como a Junta poderia desempenhar um papel direto no controlo da pandemia e impedir o risco de contágio. A estratégia passou por impedir que as pessoas ficassem doentes, mas ainda assim tivessem acesso a todos os bens ou serviços de que necessitassem. Fomos a casa das pessoas, estivemos onde era preciso.

Esta estratégia, na maioria das medidas pioneira, porque fomos os primeiros, evitou que apesar da densidade habitacional e da existência de muitos cidadãos de risco, o nível de contágio nos colocasse ao nível de outras freguesias que, infelizmente, viveram uma situação mais complicada.

Este plano gigantesco de resposta teve os seus bons resultados na capacidade de olhar o problema e atuar sobre ele de forma determinada, resoluta e assertiva.

Este quadro leva-nos ao outro lado da análise e da reflexão que vos proponho.

Toda a intervenção que a Junta de Freguesia de Moscavide e Portela levou a efeito não contou com nenhum apoio financeiro para as mais variadas medidas de proteção e apoio à população. A Junta assumiu todos os custos sem contar com qualquer meio da Administração Central ou da Câmara Municipal. Todos os recursos envolvidos nesta gigantesca operação que desenvolvemos, foram e são da Junta de Freguesia de Moscavide e Portela. Sim, porque continuamos com a maioria das medidas implementadas.

É conhecida a dificuldade da Junta em termos financeiros, situação que estando agora melhor, resultou de erros no passado, porém e apesar do rigor orçamental que nos impusemos desde a primeira hora, a Junta de Freguesia luta ainda com desequilíbrios que reduzem a capacidade de executar tudo o que queríamos e gostaríamos e, mais importante, tudo o que sabemos ser necessário.

Se ao nível das despesas é claro que as mesmas aumentaram de forma exponencial durante este período, também ao nível das receitas tivemos uma quebra brutal derivado ao confinamento e à limitação económica que a redução de atividade implicou.

Também é hoje reconhecido que para além das carências de recursos nas autarquias locais, com especial dimensão nas Juntas de Freguesia, o quadro regulamentar ao nível da gestão financeira é desajustado, não permite a autonomia dos decisores e, em muitas circunstâncias, traduz-se num obstáculo às respostas necessárias.

O confronto entre a necessidade de resposta rápida, forte e adequada e o labirinto técnico-legal da gestão de uma Junta de Freguesia, é incapacitante, limitativo e potencialmente gerador de cenários de ausência de resposta que importa avaliar e traduzir em alterações legislativas.

Por outro lado a falta de solidariedade entre órgãos da administração local, inibem que a resposta seja mais efetiva, articulada e capaz. A gestão dos recursos faz-se a partir de uma ideia centralizadora em que as Juntas de Freguesia se transformam em meras sucursais das Câmaras Municipais, delas dependendo para a sua resposta em concreto. O que é efetivamente inaceitável.

Sabemos que as Juntas de Freguesia são em muitos casos a primeira porta a que as pessoas em dificuldades vão bater. Na maioria dos casos são a única porta aberta. Em situações de aflição, as Juntas de Freguesia respondem melhor, mais rápido e vão em busca de soluções. As Juntas de Freguesia são, na esmagadora maioria dos casos, o organismo que representa a administração central e local, porém continua a ser vista pelos nossos governantes, como o parente pobre da administração pública.

A Pandemia e a crise social e sanitária vieram reforçar a necessidade de se repensar o papel das Juntas de Freguesia e, porque não das Câmaras Municipais. Ficou demonstrado o papel essencial das autarquias locais, a sua capacidade de organização e a sua proximidade aos cidadãos, mas também demonstrou que os meios, os recursos e a forma de organização não permitem uma solidez de respostas e retira capacidade de estar ao lado das pessoas.

Naturalmente que a crise económica que já se sente e que certamente se seguirá, levantará novos desafios às Juntas de Freguesia. A carência de bens de primeira necessidade, a perda de rendimentos e o desemprego, farão aumentar os pedidos junto das autarquias locais e, conscientes dessa realidade, deveremos desde já iniciar o processo que tenda a mitigar esses impactos negativos.

A Junta de Freguesia de Moscavide e Portela estará onde sempre esteve; ao lado das pessoas, especialmente das mais frágeis. Porém não podemos deixar de frisar que a boa vontade não paga contas e a proximidade não é um recurso que possamos usar para fazer chegar os meios a quem deles necessita. É preciso mais. É preciso que as Juntas de freguesia não continuem a ser o parente pobre da administração pública e sejam munidas dos instrumentos necessários para a sua importante missão. Não podemos continuar a estar dependentes da boa vontade política das Câmaras Municipais ou de respostas que tardam ou são inexistentes.

Por último, mas não menos importante, será de olhar para o plano de recuperação económica e para os recursos que chegarão da União Europeia como uma oportunidade fantástica para se repensar também o modelo de organização do Estado. Se é fundamental que o Estado se torne mais eficaz e eficiente, é também fundamental que os recursos sejam utilizados de forma racional por quem melhor conhece o terreno e por quem está mais próximo dos cidadãos.

O Municipalismo e mais especificamente a dotação da Juntas de Freguesia de um quadro financeiro mais efetivo e de uma capacidade melhorada de intervenção na comunidade, será uma forma de multiplicação dos recursos, da eliminação de burocracias e de maior participação dos cidadãos no seu processo de decisão.

Dar maior poder às Juntas sem prejuízo da capacidade de escrutínio e com uma moldura regulamentar que associe a liberdade à responsabilidade efetiva dos decisores, é um caminho que temos de fazer, aprofundando a democracia representativa, aproximando os recursos das pessoas e a decisão dos cidadãos.

Não há abordagem que torne esta pandemia e a crise sanitária num acontecimento positivo. Não há forma de ver algo bom em algo que é profundamente mau e que alterou de forma total a nossa forma de vida, porém temos sempre de ver nesta circunstância uma oportunidade para ver os erros e melhorar, perceber as fragilidades e evoluir e, a partir daí, construir uma sociedade que esteja mais preparada para o futuro.

Se a intervenção da Junta de Freguesia de Moscavide e Portela foi um “êxito”, fica a dever-se a termos agido cedo, não termos medo de fazer aquilo que achámos certo e de termos a ambição de ser uma parte da solução.

Com a preocupação de ver nas pessoas a nossa mais importante responsabilidade, temos a obrigação de continuamente evoluir e crescer.

De olhos nos olhos digo: Espero que os nossos governantes passem efetivamente a pensar nas PESSOAS! Se isso acontecer, as Juntas de Freguesia deixarão de ser o parente pobre da administração pública.

Ricardo Lima

Vamos Juntos. Primeiro as Pessoas!

Os dias de hoje revelam-nos que estávamos longe de entender e perceber a dimensão real da pandemia que, hoje, todos tentamos combater. As notícias iniciais, não nos prepararam convenientemente para as catastróficas consequências sanitárias, económicas e sociais a que hoje assistimos.

As imagens, números e notícias convivem connosco no dia-a-dia e cresce a ansiedade por uma normalidade que julgávamos adquirida e imutável. A interrupção forçada de gestos tão habituais como ir à esplanada, ao cinema ou ao futebol, ou outros ainda mais importantes como abraçar os nossos amigos, fizeram com que percebêssemos que eram normais, mas nunca serão banais para a comunidade.

A multiplicação de opiniões – muitas delas perigosas – sobre a situação e as mais arrojadas “soluções” para o problema, são em muitos momentos obstáculos para uma correta gestão do problema. A tomada de decisão em situações como esta reveste-se, por isso, da mais fundamental importância, porque delas pode depender a saúde de uma comunidade inteira. Este exercício complexo de equilíbrio, exige-nos enquanto cidadãos um cuidado excecional e aos autarcas uma estratégia que permita, por um lado, manter a coesão social da comunidade e por outro garantir que nenhuma pessoa se sinta desacompanhada ou só.

A frase “Primeiro as Pessoas” que a Junta de Freguesia escolheu para definir o seu exercício, ganhou ainda mais atualidade e adequação nestes momentos. Porque importa colocar as pessoas no centro das nossas ações e da nossa atenção. Porque nenhuma freguesia pode ser um território sem pessoas e, acima de tudo, porque nenhuma comunidade pode de facto existir sem solidariedade, as pessoas continuam a ser o nosso foco e a matéria mais importante que temos na agenda sempre que somos chamados a tomar decisões.

Assim o era antes da pandemia. Assim o é agora.

Foi por isso que desde a 1ª hora e assim que percebemos as implicações sérias da propagação da doença, que orientámos toda a nossa atenção, recursos e meios para evitar que o contágio fosse rápido e alargado. Para evitar o contágio a ciência recomenda-nos distanciamento social, confinamento e a redução de contactos sociais não essenciais. Soubemos também que, infelizmente, o vírus se propaga sem escolher idade ou classe social, mas que é nos mais frágeis, seja pela idade ou condições de saúde preexistentes, que a infeção pode ter consequências mais graves. A nossa ação foi e é nesse sentido: Evitar que os mais frágeis estejam em contacto com o risco.

Tudo o que fizemos e estamos a fazer é nessa lógica de defender o mais importante: AS PESSOAS!

Orientámos todos os serviços, encontrámos novas soluções, inventámos novas respostas, sempre com a atenção posta nas pessoas, nas suas necessidades, no seu conforto e na proteção.

A humildade de reconhecer as limitações não é uma fragilidade, antes uma força. A capacidade de perguntar para perceber, é sabedoria. A capacidade de mesmo errando querer ajudar, distingue-nos. Saber que o nosso papel, por mínimo que seja, é fundamental.

Às Juntas de Freguesia e aos autarcas locais, não é certamente pedido – nem o podia ser – que tenham soluções miraculosas. Também não se pode exigir que tenham todos os meios e recursos, mas os autarcas sabem bem qual é a sua missão fundamental. Estar ao lado das pessoas. Estar no centro da comunidade que representam e tentar unir todos os esforços para que o risco seja menor.

Sabemos hoje que as consequências desta pandemia serão graves e por isso é nossa obrigação reconhecer que apenas com comunidades unidas poderemos ultrapassar esses obstáculos. Reconhecer as divergências de opinião não deve inibir a capacidade de unir, agrupar, somar e multiplicar vontades. Ter diferenças na forma não obriga a ter diferenças no objetivo.

É por isso que olhos nos olhos, confesso o meu enorme reconhecimento a todos quantos, apesar das diferenças, estão na linha da frente das respostas às pessoas. Obviamente começando pelo pessoal da saúde, heróis que se arriscam todos os dias, bombeiros, pessoal dos lares e casas de repouso, dos centros de dia, mas também a todos quantos das mais variadas formas conseguiram perceber o que era o mais importante destes dias.

Na nossa freguesia, na nossa comunidade, cidadãos anónimos, organizações, empresas e associações, assumiram este momento como o maior desafio dos nossos dias e fizeram dos seus dias, momentos solidários a que devemos estar todos reconhecidos. Mulheres e homens, jovens e menos jovens, perceberam que quando somos chamados a servir a comunidade, a nossa resposta deve ser presente e estar presente.

A nossa comunidade tem conseguido perceber o que é o mais importante e agir e consequência, estimulando respostas aos problemas, estando disponíveis para ser parte da solução e gerando uma corrente de energia que nos deve orgulhar enquanto território de gente muito boa.

Agradecermos gestos, gentilezas que nos sensibilizam, palavras que nos confortam, ou simples momentos em que percebemos que os abraços serão sempre a melhor forma de nos “aquecermos”.

De olhos nos olhos digo: Acredito que a Freguesia de Moscavide e Portela sabe, de facto, o que é o mais importante: AS PESSOAS!

Ricardo Lima

Vamos Juntos. Primeiro as Pessoas!

NomeMiguel Diogo Lamas

Atividade Profissional: Barbeiro

Empresa, Serviço, Marca: Gentlemen’s Barbershop

Localização: Moscavide, Rua Artur Ferreira da Silva

A que atividade se dedica a sua atividade: Barbearia

“…”

🎙 Estar nesta freguesia é uma mais valia para o seu negócio?

Sim sem dúvida, visto ser uma zona com um potencial enorme a nível de comércio local.

🎙 Quais os planos no curto e médio prazo para o seu negócio?

Os nossos planos passam por servir sempre com o registo de barbearia clássica e chegar a todas as idades. Achamos estar a fazer um bom trabalho como tal mas estamos claro sempre abertos a críticas construtivas.

🎙 Na sua perspetiva, de que forma as autarquias locais podem gerar valor para as atividades económicas?

Interagindo com cada um dos comerciantes bem como ajudando na sua promoção, mas também no esclarecimento dos requisitos legais atualizados necessários para dinamizar cada um dos negócios já existentes.

🎙 Se fosse um elemento da Junta de Freguesia que medida tomaria para melhorar a atratividade da freguesia para um maior valor económico?

Tomaria sem dúvida medidas no que diz respeito ao estacionamento em moscavide que neste momento é o que mais deixa a desejar. É constante a queixa por parte dos clientes por causa de falta de lugares de estacionamento e ainda por cima pagos, o que na minha opinião não faz sentido em Moscavide.

🎙 O que mudaria na Freguesia para melhorar e porquê?

Como disse anteriormente acabaria sem dúvida com os lugares de estacionamento pagos. Atualmente são a maior queixa dos clientes que vêm de fora para consumirem no comércio local de Moscavide.

“…”

Vamos Juntos. Primeiro as Pessoas!

“…”
A implementação dos novos “passes” de transportes públicos a preços reduzidos, traduziu-se numa “revolução” ao nível do transporte público na Área Metropolitana de Lisboa, com aumentos significativos de passageiros (+15%, média) em praticamente todas as linhas e meios. Hoje é, acima de tudo, mais barato utilizar o transporte público.

Porém, importa olhar para os progressos e o sucesso desta medida com a consciência crítica que nos permite e obriga a melhorar, designadamente na questão da diferenciação injusta na nossa freguesia com prejuízo para os residentes na Portela.

Os desafios em matéria de transporte público situam-se hoje num patamar diferente daqueles que estiveram na base da implementação de novos preços e tarifas. Hoje importa olhar para o transporte público como um vetor essencial da política de cidades, um elemento fundamental da coesão territorial, social e económica e um fator primordial na política ambiental.

É nesta visão de Cidade alargada que queremos situar a Freguesia de Moscavide e Portela e é nesse compromisso que a Junta de Freguesia está fortemente empenhada.

Se é hoje claro que o acréscimo da procura acabou por demonstrar a ineficácia e pouca eficiência dos sistemas de transportes metropolitanos, é também de antecipar que caso persistam erros do passado, as ruturas irão perdurar condenando a política de transportes ao insucesso. Os dados são claros e, não sendo alarmantes, levam-nos a olhar para o tema com espacial cautela, partindo de uma ideia central e inicial: O transporte público deve ser o meio principal de deslocação dos cidadãos na e para a Cidade.

É na definição de Cidade que podem ocorrer algumas divergências de entendimento. Para nós a Cidade já não é o território administrativamente dividido e não há um espaço de fronteira que nos “separe”. Se a Cidade das décadas de 60 e 70 era facilmente identificável no Jardim de Entrecampos, ou nos Bairros típicos de Marvila, hoje a expansão desse território da cidade faz com que a mesma se prolongue até Vila Franca de Xira, Sintra, Loures, Mafra ou Cascais. A Cidade de Lisboa vai até onde as pessoas vivem.

Nos concelhos limítrofes de Lisboa residem hoje 1 milhão e 300 mil pessoas, o que representa quase 3 vezes mais cidadãos de que os habitualmente residentes em Lisboa (500 mil). Esta realidade traduz a imperiosa necessidade de os transportes públicos alargarem a sua cobertura e assegurarem vias de movimento pendular que façam face às necessidades dos cidadãos nos seus movimentos diários. É neste contexto que os meios de transporte pesado (metropolitano e comboio) assumem um papel determinante e nos convocam para uma pergunta essencial: As redes existentes respondem às necessidades desta Cidade alargada?

A resposta é, naturalmente, não!

Decorre atualmente um concurso público internacional para a aquisição de transportes públicos no valor de mil e duzentos milhões de euros. É um passo importante que vai representar um aumento de 40% na oferta de transporte público, porém esse acréscimo situa-se apenas no transporte rodoviário. Se a medida se aplaude pela ambição, não se pode deixar de considerar limitada no seu alcance, pois assume que o transporte rodoviário se manterá como peça central na Área Metropolitana de Lisboa. A nossa visão vai para além desse aspeto. O projeto é relevante, fundamental, importante, mas ainda assim de alcance limitado porque mantém as pessoas dependentes de corredores rodoviários.

Em países com redes ferroviárias modernas e eficazes, é comum a escolha de residência em lugares afastados dos centros urbanos. É habitual que pessoas que trabalhem em Oslo (Noruega) – rede de Metro com 80Km e 101 estações para 620 mil habitantes – ou Estocolmo (Suécia) – rede de Metro com 110km e 100 estações para 1.780 mil habitantes – residirem a 90 ou 100km do seu local de trabalho. Porém nas suas deslocações diárias, os cidadãos levam menos tempo a chegar ao centro de trabalho, utilizando transportes públicos, de que pessoas que residam em Sintra ou Loures que se situam a 10 km de distância. Lisboa, para uma população de 1.800 mil habitantes, possui atualmente 44.2km de rede e 56 estações.

Ou seja, nesta visão de cidade alargada, a ideia já não passa pela distância medida em km, mas na distância medida em unidades de tempo gastas e esse deve ser o objetivo para o desenho das políticas de transportes: Mais transportes, mas também mais rápidos.

É neste contexto que não alargar a rede de Metropolitano à Portela e Sacavém e a Loures é um erro estratégico. Pensar que o aumento da rede de transportes rodoviários permitirá fazer face a uma procura que se deseja crescente, atira-nos para o falhanço das políticas de cidade e assume-se como um erro fundamental para o desenvolvimento económico e social dos territórios urbanos da periferia isto porque, ao invés de os ligar e agregar valor, os mantém distantes entre si e perante o centro de decisão, gerando impactos negativos em todos os elementos sociais e económicos relevantes para a qualidade de vida dos cidadãos.

Sendo a rede de transportes disponíveis um fator de valorização do território, Moscavide e a Portela não podem deixar de estar na 1ª linha de defesa da extensão da rede de Metropolitano de Lisboa e, numa visão mais ampla, de quererem estar no centro da Cidade e no centro de decisão.

Porém os desafios que se colocam aos decisores políticos no âmbito dos transportes metropolitanos não se extinguem no tipo e quantidade de oferta. O desafio da modernidade e inovação em que a Freguesia de Moscavide e Portela quer estar presente e ter um papel ativo centra-se também na qualidade de oferta. A qualidade de oferta nos transportes públicos é um fator decisivo para a promoção da rede e na motivação da sua utilização no espaço metropolitano. Mais eficazes e mais cómodos, os transportes públicos do futuro deverão ser fiáveis, confortáveis e consistentes com uma visão de qualidade que se pretende para o modelo de oferta.

É neste caminho que estamos. Um caminho de exigência que nos leva a pensar o Transporte Público como um elemento fundamental da política de Cidades e um eixo central na definição de uma lógica de território que aproxime pessoas, lugares e histórias.

Deixo propositadamente o impacto ambiental da política de transportes – pela sua dimensão – para outro momento deste novo espaço “Olhos nos Olhos”. Um espaço que pretende uma “conversa” próxima entre si, que nos lê, e o seu Presidente de Junta para que saiba exatamente o que penso sobre os mais variados temas locais, regionais, nacionais ou até mesmo internacionais.

O Presidente, Ricardo Lima
“…”

DE OLHOS NOS OLHOS | PRESIDENTE

De Olhos nos Olhos é um conjunto de reflexões do Presidente da Junta de Freguesia de Moscavide e Portela que, a partir de uma visão da freguesia, traça uma proposta de orientação estratégica para o futuro. Surge a partir da ideia de que os autarcas devem, hoje, ser uma voz ativa e um olhar atento para problemas que, situando-se para além das suas fronteiras administrativas, acabam por se traduzir em impactos para a freguesia e para os cidadãos que habitam ou trabalham na freguesia.

De Olhos nos Olhos é assim uma forma de comunicação direta que traduz uma preocupação em trazer para o debate e para a comunidade um conjunto de assuntos que nos tocam e devem ser alvo de reflexão alargada tendo sempre como objetivo envolver e estimular as pessoas à participação ativa e cívica.

Vamos Juntos. Primeiro as Pessoas!